Muitos foram os materiais que os homens utilizaram para registrar seus conhecimentos e experiências, como por exemplo, os sumérios guardavam suas informações em tijolos de barro, os indianos em folhas de palmeira, os romanos em tabuas de madeira coberta com cera, os egípcios utilizavam o papiro (planta encontrada às margens do Rio Nilo, onde juntavam- se suas fibras formando uma superfície), logo foi substituído pelo pergaminho(feito de pele de animal) por ser mais resistente. Mas nada do que foi escrito ainda pode ser considerado como um livro.
Papiro Egípcio
Um dos pergaminhos dos manuscritos encontrado em 1947, mas que foram escritos entre o séculos I e III d.C.
Originalmente os textos eram escritos em papiro, depois em pergaminhos e só durante o Império Romano ocorreu uma das transformações que os aproximaram da forma convencional do livro. Nessa época, os juristas decidiram manusear o pergaminho de forma diferente, dobrando-o em quatro ou em oito, chamando esse caderno de volumem, costurando esses cadernos uns aos outros, construíam o que chamavam de códex (códice). Mais tarde, na Idade Média esses códices passaram a conter também iluminuras e miniaturas ilustrativas.
Volumem
O primeiro livro escrito do mundo, em 30 de setembro de 1452, foi uma bíblia escrita em latim. O acesso aos livros era muito difícil por causa do alto preço, os livros eram escritos a mão por monges e alunos, cada exemplar levava meses para ser concluído. O inventor da prensa foi o alemão Johanes Gutenberg, ele criou dois tipos móveis, que aperfeiçoaram os blocos de impressão já usados na Europa. Introduziu metais e tintas produzidos a base de óleo para facilitar o movimento dos blocos. Ficou sócio de um comerciante que financiou a impressão da bíblia, as paginas do livro não tinha títulos nem números, dois volumes com 1282 páginas, continham o antigo e novo testamento, produzida cerca de 180 cópias. Poucas pessoas tinham condição de comprar o livro. Maioria das cópias foi vendida para igrejas, mosteiros e universidades. A bíblia de Gutenberg marca o inicio da produção em massa de livros no ocidente. Em 1990, a revista americana Life apontou o invento como o mais revolucionário do segundo milênio, a frente do desenvolvimento das armas de fogo na China e das observações astronômicas de Galileu.
A Bíblia de Gutemberg
A existência do livro se deve a uma sucessão de invenções que possibilitaram a fixação da escrita em um suporte, desenvolvimento de tintas, etc. O papel foi inventado pelo chinês Cai Lun em 105 a.C., que sugeriu a utilização de casca de amora, bambu e grama chinesa como matérias-primas. No século VII esse conhecimento é levado à Arábia por um monge budista, de lá vai para à Europa em 1150 através do domínio mouro, em Valência, Espanha.
Diamond Sutra
Os Chineses
Os chineses também inventaram o tipo móvel, 400 anos antes de Gutenberg, entre 1041 e 1049. O seu inventor, Pi Shêng, foi um escritor e utilizava argila cozida para fabricá-los. Shên Kua, contemporâneo do inventor, relatou a produção de milhares de cópias, mas não é específico se foram em forma de rolos ou livros. Essas obras impressas eram o que ele chamava de Os cinco Clássicos.
Pi Shêng
Na Idade Média, antes da invenção dos tipos móveis, os livros eram esculpidos em madeira. Um dos mais antigos é Exercitium super Pater Noster (1440), com ilustrações e texto em holandês e latim. A série mais importante é a edição ilustrada do Apocalipse, na segunda metade do século XV, e o Ars Moriendi, de 1450.
Na Europa, alguns especialistas afirmam que o livro mais antigo impresso em forma de códice e com tipos móveis de metal foi um poema conhecido como O julgamento do mundo, impresso entre 1444 e 1447. A impressão é atribuída a Gutenberg e só resta um fragmento da obra, encontrado em 1892, deduz-se que o livro tinha 74 páginas, com 28 linhas cada.
O papel é considerado o principal suporte para divulgação das informações e conhecimento humano. Dados históricos mostram que o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela instalação da primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, Espanha, em 1150 após a invasão da Península Ibérica.
Final da Idade Média
No final da Idade Média, a importância do papel cresceu com a expansão do comércio europeu e tornou-se produto essencial para a administração pública e para a divulgação literária.
A prensa
Gutemberg
Audiolivro
E com a tecnologia chegamos até o audiolivro, um livro para escutar, a qualquer hora, em qualquer lugar. No final da Primeira Guerra Mundial, soldados que ficaram cegos nas batalhas já faziam uso de fitas de áudio em substituição da leitura. Entretanto, as vendas de audiolivros no formato atual só estouraram a partir dos anos 80, nos Estados Unidos, com a intensificação do processo de globalização e da correria da vida nas grandes cidades.
Longe de querer substituir o hábito de leitura convencional, a popularização do audiolivro, além de proporcionar a inclusão social de deficientes visuais, trouxe uma alternativa para quem gosta de ler, mas não tem tempo. No carro, no celular, no computador, na academia, dentre outras situações que fazem parte de nosso dia a dia, os livros narrados se tornaram companhia e fonte de cultura, quando não poderíamos ler um livro.
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2002/espaco24out/vaipara.php?materia=0varia
http://abrindoolivro.wordpress.com/2009/07/20/um-pouco-sobre-a-historia-do-livro/
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/prensa-gutenberg-435887.shtml
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/prensa-gutenberg-435887.shtml
Parabéns pelo texto.
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